sábado, agosto 05, 2006

Nascer é morrer.


Nascer é morrer.

Assim falava o velho marnoto, meu avô algarvio, encerrando em si uma cultura mediterrânica milenar. Uma cultura que sobrevive através dos tempos e do mar, transportada pelo Euro vindo de longe.

Em três palavras se resume o despertar e o crepúsculo da existência. Nascer é morrer.

Assim é! Desde o momento em que nascemos, somos marcados para o sofrimento. Viver é, acima de tudo, sofrer e morrer. Talvez por essa razão, quando questionado por Hesíodo, num certame, acerca de qual a melhor coisa para os mortais, Homero, o Poeta, respondeu:

Em primeiro lugar, o melhor para os mortais que habitam sobre a terra é não nascer; mas tendo nascido, ultrapassar sem demora os portões do Hades.
Certamen Homeri et Hesiodi

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