terça-feira, outubro 09, 2007

Do medo de perder o emprego

A MELHOR ARMA DO OPRESSOR É A CABEÇA DO OPRIMIDO

Graffiti que pode ler-se nalgumas paredes suburbanas da Margem Sul. Autor desconhecido. (Talvez escrito na “clandestinidade” por um lunático esclarecido, ou, por algum esclarecido e por isso, lunático.)

Diz Karl Marx:

Até agora, toda a sociedade se baseou, como vimos, na oposição entre classes opressoras e classes oprimidas. Mas para poder oprimir uma classe é necessário assegurar-lhe determinadas condições em que ela possa, pelo menos, continuar a sua existência servil.

Karl Marx, «Kommunistiches Manifest», in Patrick Gardiner, Teorias da História. FCG. 4ª ed.

Quanto mais precário for o emprego, ou por outras palavras, quanto mais flexível for, mais estarão reunidas as condições de opressão e para a existência servil de uma classe. E assim, viva a flexisegurança!

Flexisegurança?!

Como se existisse segurança no emprego flexível. Querem convencer-nos que a Lua é cúbica.

Talvez por isso mesmo, o maior factor de liberdade seja não ter emprego, principalmente quando o emprego passa a ser um factor de escravatura. Por outras palavras, o melhor é não ser empregado do Príncipe, do Senhor, do Estado ou da Multinacional. Talvez só se seja livre, realmente livre, trabalhando para os outros, sem ser empregado de ninguém.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Etiquetas