segunda-feira, março 25, 2013

Renascer


Se eu deixar de aparecer e não souberes de mim,
sê paciente, espera
e não te inquietes a pensar no fim.
Eu hei-de renascer na Primavera
como a folhagem do jardim
e a luz que se derrama na cidade
de Lisboa ao respiro da liberdade.

Escusas, pois de tentar bater-me à porta
ou de deixar mensagem
no telemóvel, que eu fui de viagem
e o resto não me importa.

Torquato da Luz, Espelho Íntimo, O Cão Que Lê, 2010, pág. 30.

Até sempre Torquato da Luz.

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