sábado, julho 27, 2013

O caminho para a Islândia

A Islândia é um país curioso. Depois da falência dos bancos e do crescimento galopante do desemprego, da recessão e da dívida, levou menos de três anos a voltar à prosperidade, com um cocktail de medidas certas, esforço e bom senso.
A Islândia é um país curioso. Não há receio em levar a tribunal os políticos suspeitos de transgressões graves ou desastrosas.
(…)
Sondagens feitas no país mostram que os islandeses pretendiam sobretudo, que o julgamento servisse para duas coisas: como aviso aos políticos, para que não entendessem que só estavam sujeitos ao juízo das urnas, sempre impreciso nas sanções, e para que se expusesse a verdade sobre a falência de todos os grandes bancos nacionais, num curto espaço de tempo, sem alertas nem preparação.
(…)
Em suma, cada povo deve encontrar o seu caminho para a Islândia. Pode levar tempo. Mas é inevitável. Não se trata de pedir culpados à história, mas de evitar que o mal se repita. E de fazer justiça. A temporária, provisória, imperfeita, mas necessária justiça dos homens. “

Nuno Rogeiro (2013), A Corda do Enforcado, Análise Política das Críses (2017 -2013), D. Quixote, pp. 186, 187 e 188. (destaques nossos)


Palavras hoje lidas, do insuspeito “libertário já idoso, nacionalista, revolucionário, católico e republicano” Nuno Rogeiro. 

Sem comentários:

Enviar um comentário

Etiquetas