Os homens e as mulheres da nossa
oposição comprazem-se na intriga e no fogo-de-artifício, parecendo não dispor
de outros argumentos para derrotar politicamente o primeiro-ministro.
Se querem derrotá-lo, pois que o derrotem
na arena da política e não na arena da intriga. Dá mostras de fraqueza a oposição
que parece nada mais encontrar no seu argumentário do que os possíveis tostões
ou milhões que então um mero deputado eventualmente possa ter ganho, legalmente
ou ilegalmente, há cerca de treze anos atrás, quando o presente que importa se
encontra repleto de problemas que os portugueses anseiam ver resolvidos. Questões
judiciais e criminais são para a polícia e para os tribunais. Os políticos
deviam ocupar-se com o cerne da política.
Enquanto a oposição se compraz nessa
arena da intriga e se deslumbra com o fogo-de-artifício, o país afunda-se numa
dívida impagável que cresce como uma bola de neve. Enquanto debatem no lodaçal
do “recebeu ou não recebeu”, o desemprego continua elevado, a educação não
satisfaz, a justiça atola-se e o crescimento económico da ordem dos 2,5% ou
mais, nem de binóculos se avista*.
Entretanto, o aumento do salário mínimo nacional foi conseguido à custa do dinheiro do contribuinte e da descapitalização da Segurança Social, que supostamente nos deveria suportar no infortúnio e na velhice, mas que vê esse seu papel cada vez mais posto em causa por opções de política governamental como esta, como se não houvesse outras. São medidas destas – colocar todos os contribuintes, e não unicamente as empresas, a pagar o aumento do salário mínimo nacional - que põem em causa a sustentabilidade do Estado social.
Entretanto, o aumento do salário mínimo nacional foi conseguido à custa do dinheiro do contribuinte e da descapitalização da Segurança Social, que supostamente nos deveria suportar no infortúnio e na velhice, mas que vê esse seu papel cada vez mais posto em causa por opções de política governamental como esta, como se não houvesse outras. São medidas destas – colocar todos os contribuintes, e não unicamente as empresas, a pagar o aumento do salário mínimo nacional - que põem em causa a sustentabilidade do Estado social.
A crise económica está longe de
ter passado, e no entanto, a oposição comportou-se esta semana como se a crise
não existisse, entretida com possíveis questões judiciais relacionadas com o
passado do primeiro-ministro.
Triste figura a da nossa
oposição.
Assim não vai lá.
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(*) - Embora aqui se defenda que as sociedades tenham de se habituar a criar emprego, mesmo com níveis de crescimento mais baixos.
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(*) - Embora aqui se defenda que as sociedades tenham de se habituar a criar emprego, mesmo com níveis de crescimento mais baixos.