domingo, maio 07, 2017

A derrota do fascismo de pantufas

Venceu a União Europeia, que precisa urgentemente de ser reformada nas suas políticas. Os eleitores franceses, e anteriormente os holandeses, não quiseram entrar em aventureirismos que os poderiam levar a um empobrecimento. Interiorizaram que a cisão com o projecto europeu, o fim do Euro e da União Europeia, teria um impacto muito negativo nas suas carteiras, com as desvalorizações das moedas nacionais que então criariam e, consequentemente, das suas poupanças. As derrotas de Le Pen, em França, e de Geert Wilders, na Holanda, devem-se às suas posições contra o projecto europeu e contra a União Europeia.

Os problemas que se colocam hoje ao mundo transcendem a capacidade dos velhos Estados-nação para os resolverem. São problemas transnacionais. São precisas organizações de alcance mais vasto (espaços políticos transnacionais), e reticulares (cidades globais funcionando em rede).

Mas o fascismo de pantufas continuará a andar por aí, pronto a ocupar o poder em França, se Macron e a União Europeia não estiverem à altura dos desafios (as migrações ilegais massivas, os refugiados, o terrorismo, os problemas ambientais e as alterações climáticas, e as ameaças geopolíticas que sopram de várias direcções).

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